A fotografia chegou para mim de forma muito peculiar, através do autoconhecimento, então desde o comecinho eu já sabia que queria desenvolver um olhar diferente, mais humano e holístico.

Nesse processo de busca me deparei com o movimento Fotografia Afetiva em 2021, e conheci a Aline Lelles, canalizadora e pioneira deste estilo de vida, e que hoje é a minha mentora. Sim, Fotografia Afetiva não é apenas uma técnica para fotografar, é um estilo de vida, e eu te explico o porquê logo mais.

Sabe DNA?! Aquela molécula que carrega a identidade e toda a essência de um ser. É nesse âmago que toca a Fotografia Afetiva. Tudo o que eu sou, vivi e experimentei como ser humano, de alguma maneira vaza em exatamente tudo o que faço, inclusive na minha forma de fotografar. O externo (foto) reflete o que está no interno, e na Fotografia Afetiva trazemos isso à luz da consciência. Consegue imaginar o quanto essa é uma ferramenta poderosa de autoconhecimento?!

Além disso, a Fotografia Afetiva tem como base a Fotografia Humanista, onde o foco principal é o ser humano e suas histórias. Mas com uma cereja no bolo, que são os olhos de ver lindo, de enxergar a beleza e a poesia em tudo, inclusive no caos da vida, porque até mesmo o caos tem o seu propósito.

Por esse motivo, sempre trago relatos do meu processo, porque antes de conseguir me conectar com a sua história e contá-la através de imagens, eu preciso olhar para a minha própria história e ser capaz de honrá-la, sem julgamentos, sem apegos ou aversões, mas com profundo respeito, amorosidade e gratidão por todas as experiências vividas.

Eu acredito que para ser uma boa fotógrafa, é importante que eu me torne um ser humano melhor. Só assim eu conseguirei enxergar, com os olhos da alma, o melhor que existe em você, e poderei trazer à tona, para que você também possa ver e sentir o melhor que há em si.

É uma experiência de aprendizado, porque ao me colocar num lugar de humildade, como observadora, e te fotografar, eu aprendo muito mais sobre mim mesma. O externo reflete o interno lembra!

De fato, ocorre uma troca mútua, afetiva (do verbo afetar), transformadora, e de afeto também, porque muito além de fotografias lindas, essa é uma experiência sobre amor, vínculo e conexão.

É por todos esses motivos que a Fotografia Afetiva é muito mais que fotografia... ela é acolhedora, é inclusiva, nos reconecta com a nossa essência, e através dela torna-se possível contar histórias, mas não apenas contar histórias, e sim honrá-las.

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Amor em mim e através de mim,

Mo Ponciano